Visto no Facebook do Marcelo Nascimento
É PRECISO AMAR AS PESSOAS COMO SE NÃO HOUVESSE ELEIÇÃO
Leda Nagle
Dá um certo desânimo frequentar as redes sociais nestes tempos de eleição. Como se briga, como se mente e se ofende num espaço que deveria ser simpático e parecia tão politicamente correto até outro dia mesmo. É de estarrecer como pessoas inteligentes e que se dizem tão modernas têm tanta dificuldade em aceitar a ideia do outro se não for igual a deles. Como se desqualificam pessoas e opiniões. Como o ódio ganhou espaço. Como se briga em nome da democracia, exatamente por não admitir, democraticamente, que o outro tem direito a pensar e a votar de modo diferente do que você pensa ou vota.
Como diz a música de Lenine e Arnaldo Antunes, “todo mundo tem direito à vida, todo mundo tem direito igual”. Por que é que alguém não pode conviver e gostar de alguém que vota em candidato diferente do seu? Por que é que temos que fazer as mesmas escolhas se, ao escolher, nosso olhar pode estar vendo algo que o outro não está vendo? E vice-versa. Se todo mundo pensasse igual, não haveria guerra ou conflito. Se todo mundo pensasse igual, pais e filhos não teriam candidatos diferentes, irmãos não fariam escolhas diferentes, marido e mulher votariam na mesma cédula. Mas não é assim que a vida real é. Nem nunca será. Numa sociedade como a nossa, com tantas origens e culturas diferentes, a unanimidade é impossível, uma escolha única não faz o menor sentido.
Como diz a música de Lenine e Arnaldo Antunes, “todo mundo tem direito à vida, todo mundo tem direito igual”. Por que é que alguém não pode conviver e gostar de alguém que vota em candidato diferente do seu? Por que é que temos que fazer as mesmas escolhas se, ao escolher, nosso olhar pode estar vendo algo que o outro não está vendo? E vice-versa. Se todo mundo pensasse igual, não haveria guerra ou conflito. Se todo mundo pensasse igual, pais e filhos não teriam candidatos diferentes, irmãos não fariam escolhas diferentes, marido e mulher votariam na mesma cédula. Mas não é assim que a vida real é. Nem nunca será. Numa sociedade como a nossa, com tantas origens e culturas diferentes, a unanimidade é impossível, uma escolha única não faz o menor sentido.
E uma das coisas que mais me incomodam é exatamente quando alguém que defende, obstinadamente, a conquista de uma parcela da população, se acha no direito de ofender quem defende direitos de outra parcela. Depois de domingo, as brigas aumentaram. A perplexidade com os números de alguns candidatos também. A esquerda e a direita voltaram à cena com força. Mas quem disse que tinham se evaporado? É claro que algumas pessoas e algumas ideias dão arrepios ou ânsia de vômito, mas fazem parte do mundo, da vida, ainda que não sirvam para frequentar a nossa casa, a nossa mesa ou compartilhar da nossa amizade. Ou fazer parte da nossa escolha e do nosso voto.
Mas a grande vantagem da rede social é exatamente a possibilidade de deletar ou apagar. Na vida real é mais complicado, nem sempre é possível. É claro que é mais confortável conviver com os nossos pares, ter amigos que partilhem das nossas ideias e ideais, mas será que é necessário romper ou ofender quem não pensa igual? E como fazer com os que mudam de opinião ou mudaram de lado ao longo do nosso amadurecimento democrático? Afinal, estamos na sétima eleição presidencial e, claro, queremos muitas outras eleições e precisamos sobreviver a elas. E melhorar com elas. Ou como diz uma postagem lida no Facebook: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse eleição”.
Por Leda Nagle
Por saber disso é que estou me reservando em não comentar alguns posicionamentos. Minha vontade seria a de falar de um e de outro(s).~Como pode efervecer mais os ânimos... é melhor me calar. Vi hoje uma briga virtual onde não havia motivos reais para tal. Infelizmente.
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