terça-feira, 14 de outubro de 2014

70 ANOS DE SOCIEDADE FLUMINENSE DE FOTOGRAFIA

                         AS HISTÓRIAS DE JAYME E DA SFF SÃO PRATICAMENTE UMA SÓ



 




Jayme Moreira de Luna

JAYME MOREIRA DE LUNA, bacharel em Direito, um dos maiores artistas da fotografia brasileira, mineiro de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, nasceu a 10 de Outubro de 1914 e faleceu em Niterói, RJ, em 28 de novembro de 1999. Era niteroiense por opção. Aqui fincou suas raízes. Amadureceu sua arte. Em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, liderando um grupo de amigos apaixonados por fotografia, fundou, no porão habitável de sua solarenga em estilo “art nouveau”, na Avenida Sete de Setembro 204, em Niterói, a operosa Sociedade Fluminense de Fotografia, da qual foi presidente reeleito inúmeras vezes e onde fundou e dirigiu a SFF-Revista, publicação oficial da agremiação.
Graças a seus trabalhos premiados em grande número de exposições internacionais, foi agraciado, em 20 de Março de 1957, pela Féderation Internationale de L’Arte Photographique, com sede em Berna na Suíça, com o título máximo daquela
instituição, Honoraire Excellence FIAP(HonEFIAP) que diz: Em Hommage à ses efforts, à ses travaux, à sa technique dans le domaine de L’art photographique et reconnaissance pour les services éminents qu’il a rendus à la cause de la Photographie. - Berne, 20 Mars 1957 - Le Président: Dr. M. van de Wyer.
A atuação da Sociedade Fluminense de Fotografia foi de tal projeção, divulgando nossa terra e nossa gente no exterior, que mereceu uma lei do ex-deputado Alberto Torres autorizando o Estado a doar um terreno para a construção da sede da agremiação que foi assinada pelo ex-governador Edmundo de Macedo Soares e Silva, a 17 de outubro de 1949. Certa vez, uma universitária norte-americana dirigindo-se a Jayme Moreira de Luna, queixou-se dizendo que pretendera fazer uma homenagem ao Brasil mas não encontrara fotos de nosso país na embaixada e em nossos   consulados
nos Estados Unidos. Sem perda de tempo, Jayme Moreira de Luna procurou o então chefe da Divisão Cultural do Itamarati, embaixador e escritor Nélson Tabajara de Oliveira, e colocou a Sociedade Fluminense de Fotografia, não só para atender à universitária americana, mas também para difundir o Brasil no exterior, o principal objetivo da agremiação, como reza seu estatuto. E, assim, ele próprio, a suas expensas, fotografou todo o litoral brasileiro e, organizando coleções de cinqüenta fotos cada uma, remeteu-as às nossas representações diplomáticas nos principais países do mundo.

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