terça-feira, 21 de outubro de 2014

A BREVE LONGA HISTÓRIA DA CACI

Por Cláudia Boechat

Gostaria de aqui contar uma história. A história de como montamos uma clínica de referência no atendimento de crianças com alterações de desenvolvimento, em parceria com a Faculdade Redentor. 
Nós temos dois meninos gêmeos, lindos, de 06 anos, Paulo e Daniel. O Daniel desde cedo apresentava características claras de autismo. Como não éramos familiarizados com esses sinais, sabíamos que existia algo de diferente, mas não sabíamos o que. Enfim, confirmamos o diagnóstico com 2 anos e 06 meses, coincidentemente, no dia 02 de abril, dia de Conscientização do Autismo. E a nossa vida, a minha e a do meu esposo Luís Adriano, mudou, e mudou para muito melhor. Conhecemos um anjo de verdade que nos dá diariamente injeções de ânimo com suas características tão especiais, tão meigas, tão verdadeiras, e que hoje são muito pouco encontradas na nossa sociedade.


Se há algo de errado com o meu Dani? Não. Há algo de muito errado com o mundo em que vivemos. 

Pois bem, a partir daí com a ajuda de grandes terapeutas, que se tornaram minhas amigas, e com a ajuda de muitas outras pessoas, começamos a fazer um trabalho visando atender essas crianças tão especiais na cidade de Itaperuna, na Clínica CACI. O que era um projeto menor, a cada dia se multiplica de uma maneira fantástica. Descobrimos entre outras coisas que a cada 68 crianças que nascem em média 01 é autista. Vejam então como ainda temos muito a fazer. Hoje em Itaperuna temos uma equipe que trabalha com o modelo DIR/Floortime, treinada pelos maiores especialistas da área, e que atendem a um número crescente de crianças de todas as regiões do país...sim estamos atraindo famílias de outras regiões mais longínquas.
Esse texto que vos escrevo é para que todos conheçam esse projeto, pois coisas boas e sérias têm que ser divulgadas.
E mais, não recebemos nenhuma ajuda de governo quaisquer, fazemos tudo com recursos próprios.

Cláudia Boechat.




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