terça-feira, 15 de julho de 2014

QUAL O FUTURO DO ENSINO MÉDICO NO BRASIL

NINOBELLIENY
A necessidade política ou real da captação de médicos estrangeiros para o Brasil, levantou um cenário cheio de falhas e fissuras. Estaria o Brasil em condições de oferecer aos alunos o melhor ensino para que esses venham a ser médicos competentes e humanistas, preparados para uma dura realidade econômica e sanitária?
Duas personalidades famosas dão opiniões convergentes, embora diferentes:



 Desiré Callegari, primeiro secretário do CFM (Conselho Federal de Medicina), diz que é crucial, na formação do médico, ter bons preceptores, estrutura hospitalar, faculdades bem conceituadas, algo que não vem ocorrendo, segundo ele.
 "As faculdades estão colocando no mercado profissionais com nível de conhecimento de médio para baixo."

 Ele cita as altas taxas de reprovação dos recém-formados pelo exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo). Em 2013, 59,2% dos recém-formados Foram reprovados. No ano anterior, 54,5% falharam. A diminuição dos aprovados, diz Callegari, é um indicativo do "ensino decaindo".

 Para Jadete Lampert, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica, é preciso reforçar "cenários" de prática médica. "O sistema de saúde tem que estar estruturado para receber os alunos e transformá-los nos .melhores profissionais, capacitados com um ensino médico responsável e atuante.

A OPINIÃO DO BLOG
Estudar Medicina sempre foi um símbolo de ascensão social no Brasil. Em meio aos que a usam com esta intenção, estão os que de verdade querem a profissão como ela exige: um sacerdócio. A dedicação intensa e exclusiva, faz da carreira, uma das mais extenuantes e exigentes. É preciso estudo contínuo, aprimoração, treinamentos, práticas e um tipo de mentalidade focada na excelência. Não é um estetoscópio como brinquedinho, uma roupa branca como fantasia e a sensação de ser um "deus" para aqueles que vão em busca de socorro. Um sistema falho de saúde como o brasileiro, exige do médico, muito mais do que pose: exige atitude, comprometimento, paixão, entrega total. E cabe às faculdades, preparar o melhor possível este profissional, cujo mundo lá fora a esperar por ele, não é um de faz-de conta.

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