terça-feira, 1 de julho de 2014

MULHERES E HOMENS NAS BALADAS

Por Douglas Duarte
Primeiramente, você chega na balada e observa que metade das mulheres estão com um vestido de elástico, já a outra metade está com uma regata branca ou top e por cima uma blusa fina, junto com uma saia alta embalada a vácuo ou short customizado.
Usando o insistente perfume 212, Angel e Light Blue. Mas até aí tudo bem pois o uniforme faz parte. Não muito distante disso você vê alguns homens com uma camisa polo com “número 43” nas costas e um cavalo gigante no peito, perfume One Million e a barriga saliente, com as mulheres mais bonitas da festa. Alguns gastando dinheiro que não tem, outros gastando por gastar e outros como eu agora, pensando em como funciona tudo isso… Nesse instante por algum motivo você se sente diferente daquelas pessoas. Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz sentido.



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De forma alguma estou dizendo que não gosto de balada, ou que balada é algo de pessoas “vazias”, mas infelizmente na maioria das vezes é isso que eu vejo, mulheres que só querem levantar seu ego e homens que acham que "baixar" um litro de bebida na mesa lhe faz ser o macho "top" da festa.
Cada vez mais as pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são, e principalmente terem seu ego exaltado.
Agora só falta elas perceberem que isso não leva a lugar nenhum.

Chegamos num ponto chave da sociedade, onde máscaras valem mais do que expressões, garrafas de bebida em cima da mesa valem mais do que apertos de mão e companhias falsas valem mais do que uma conversa sincera com a menina menos atraente da festa.

Por fim entenda que você pode ser uma pessoa super charmosa, educada, inteligente ou qualquer outro adjetivo, mas se a outra pessoa não for equivalente, ela não irá perceber o quão valiosa você é.


A OPINIÃO DO BLOG
A desesperada tentativa de ser diferente cria arrnadilhas das quais poucos escapam. A uniformização acaba sendo vencedora, em hábitos, modos e costumes. Vive-se uma época onde o Ser perde espaço para o Ter. É preciso coragem para trilhar um caminho único e discernimento para não fazer disso uma obsessão, princípio da armadilha dos diferentes-porém-totalmente-iguais.

Um comentário:

  1. Muito bom!!! Diz-se que a vida gira em espiral, um vai e vem constante, e estamos de volta à fase das tribos.

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