Nascido em dois de fevereiro de 1951, em Campos dos
Goytacazes, estado do Rio de
Janeiro, filho de Iracema Ribeiro da Silva e Norival da
Silva Pinto, ambos falecidos.
Foi registrado por seu pai, seguindo tradição familiar
aplicada aos demais filhos, com
o nome de Neilton Ribeiro da Silva, mantendo a letra N no
seu início. Foi batizado na Igreja
Católica e acredita que Deus está na direção de tudo.
Iniciou tardiamente seus estudos, em Campos, numa escola na
antiga Beira Valão, que
lhe proporcionou condições para pular séries e fazer o exame
de admissão, recuperando o
tempo perdido. A seguir, ingressou no extinto Colégio São
Salvador, e logo depois na Escola
Técnica Federal de Campos. Nela concluiu o Ginásio
Industrial e ainda o Curso Técnico em
Eletrotécnica, se formando em 1974.
Em março de 1975, iniciou sua carreira de Magistério, como
professor de
Eletrotécnica, passando a ministrar diversas disciplinas,
inclusive no Curso de Informática.
Permaneceu como professor por 36 anos.
Durante sua permanência no quadro de servidores do hoje IFF- Instituto Federal Fluminense, exerceu as
funções de Diretor do Departamento de Administração e
Planejamento, tendo também
sido Coordenador do Curso de Processamento
de Dados.
Foi professor de Administração por
mais de oito anos na
Universidade Cândido Mendes, de Campos, e lá, concluiu o
Curso de Administração e Ciências
Contábeis, além da Pós Graduação em Análise de Sistema e
Mestrado em Economia
Empresarial.
Criou a Cooperativa de Crédito, Sicoob Cred Rio Norte, hoje
com 16 anos de atividades
no ramo da Economia Solidária de Crédito, sendo o Presidente desde a
fundação. Nesse período, foi por seis anos Diretor na
Central de Crédito do Estado do Rio de
Janeiro.
Toda essa trajetória se deu após completar seus 16 anos,
pois passou a infância
praticamente internado em vários hospitais do Rio de
Janeiro, devido à uma poliomielite adquirida num tempo sem as vacinas de hoje.
Longe da família, aprendeu com
a própria vida, a valorizá-la. Só a última internação durou
mais de cinco anos, no hospital São
Francisco de Assis, na Avenida Presidente Vargas. Seu pai
não passeou com ele em seus
ombros, nem sua mãe cantou cantigas de ninar, para que
dormisse. Sua cartilha foram os
olhares truculentos de diretores e enfermeiros, maus
remunerados e de mal com a vida, que o
autorizavam e determinavam o que deveria ou não fazer, ou
gostar ou não gostar.
É casado há 39 anos com Waldira , com quem teve
um casal de filhos, e
três netos.
Juntos, criaram ainda muitos
sobrinhos, que hoje os consideram seus segundos pais, pois
essa foi sempre uma grande
marca de suas vidas.
Apesar do problema de dificuldade de locomoção, que ambos
apresentam desde
pequeninos, procuram levar a vida de uma forma bem natural,
transformando cada momento
em vitórias.
Neilton Ribeiro da Silva adora trabalhar com computadores,
assistindo programas de
TV ou ouvindo músicas de Roberto Carlos e Alcione. Não se
considera de muitos amigos,
mas cultiva algumas amizades, com as quais procura se desestressar ao final de uma semana
exaustiva, mas, também produtiva.
Não gosta de frequentar Shopping Centers como passeio, e de
forma geral procura
o que deseja na internet.
Enfim... se diz um velho jovem, muito ansioso quando pensa
que não fez tudo que
poderia fazer, mas que certamente não se arrepende de nada
do que fez.
Acredita que a vida que Deus a todos presenteia, se compara a um cartão
de crédito. Conforme
a vamos gastando, o crédito vai acabando. E diz: se usamos
mal, ele pode acabar antes do
tempo.
O AMOR POR WALDIRA
Se conheceram num hospital em Niterói e se apaixonaram. Ambos
ficaram anos internados para realizações de muitas cirurgias, (ela também fora acometida pela pólio), os médicos
acreditavam que eles pudessem andar, porém isso nunca aconteceu. Andaram sim, com as mentes e corações, de onde brotaram sonhos e realizações, formaram uma família e uma
vida plena de amor e superação constante. Nesta história, os dois passaram por mais de 30
cirurgias. E como eram de família pobre tinham que ficar no hospital, não tinham
dinheiro para voltar para casa todo mês, o que os fez se aproximarem fortemente, resultando em uma bela e sólida união.
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