NinoBellieny
ESTE é um blog de opinião e informação. Não é exclusivamente de notícia. Rádios, tvs, jornais e sites, por exemplo, sabem que, a notícia é urgente e emergencial. Exige atualização constante, acompanhamento de todo o tipo de acontecimento e acidente: trágico, incomum, violento, inusitado, emocionante, cômico e estúpido. Cenas cada vez mais presentes nas cidades grandes, médias ou pequenas. A informação, não, requer pontualidade, porém, sem o caráter apressado da notícia. E em seguida, a opinião: que é o entendimento sobre determinados e indeterminados assuntos, inclusive o fato recente ou não, porém, sem necessariamente focar efusivamente, escolhendo sim, o que possua um significado interessante para o leitor. E a opinião de hoje, volta a ser sobre violência. Quando o noticiário passa a ter em seu recheio, cada vez mais, o crime que, choca e magnetiza, as atenções. É o pior acontecendo: a banalização. Como se aquilo fosse normal, algo do dia-a-dia. O roubo, o furto, o tiroteio, o sangue escorrendo nas ruas e nas fotos multiplicadas nas redes sociais. O comum anestesiando. E o que deveria ser combatido por todos, apenas esporadicamente atemoriza. A dor se particulariza. E só tem impacto ao atingir um membro da família, um amigo querido ou a si mesmo.
ONTEM mais um crime fora da rotina dos muitos cometidos em Itaperuna, teve os seus 15 minutos de fama. Um jovem de 28 anos, resolveu assaltar o cobrador de um ônibus circular, fingindo estar armado. A pronta reação da polícia, não permitiu o êxito do assaltante, porém, o cenário armado entre as 20:40h e as 22:00h, chamou a atenção dos moradores da Rua Pastor Abelar Suzano de Siqueira, no Bairro Cehab. Houve quem lembrasse do Caso do Ônibus 174, no Rio, acontecido em 12 de Junho de 2000. O circular cercado por policiais, a tensão no ar, o perigo iminente. Felizmente, o final foi feliz. Exceto para o homem, pintor de paredes. Ao tentar pintar o sete, se deu mal e foi tingir uma nova realidade na Casa de Custódia de Itaperuna, aguardando o tempo da Justiça.
AS CRÔNICAS policiais do município não registravam ainda algo semelhante. A foto abaixo, tirada por uma jovem a caminho de casa, circulou na mesma hora pelo Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp, rendendo centenas de comentários e temores. Ponto mais uma vez para os policiais militares do 29º BPM, rápidos na solução do caso. Um dos muitos resolvidos por eles. O que, não deve nem pode acontecer, é a população acostumar-se com a violência e não mais se assustar... até ser tarde demais. Irremediavelmente demais.
foto-Alessandra Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário