terça-feira, 18 de novembro de 2014

NOROESTE-RJ UM DESERTO EM BUSCA DE ÁRVORES E LUCROS

NinoBellieny
-Baseado em informações do site Minuto a Minuto e da ANEFA-


BRASILEIROS que investirem em plantio de árvores recuperáveis como Eucalipto, poderão  suprir a intensa demanda no mundo, principalmente na Europa, onde a falta de madeira à porta das fábricas é notória, "obrigando as empresas a importar madeira ou a não produzir", alertou o presidente da ANEFA, Pedro Serra Ramos.
A ANEFA foi constituída em Junho de 1989, então com a designação de Associação Nacional de Empreiteiros Florestais e Agrícolas, aglutinando micro e pequenas empresas de prestação de serviços, quer em nome individual, quer coletivo. É uma das grandes forças do setor produtivo de Portugal.

Para o dirigente, dentro de pouco tempo o setor pode não ter madeira, porque não há plantações desde há oito anos, situação agravada por doenças nas árvores e pelos fogos florestais que têm vindo a destruir parte dos dois milhões de hectares que estariam aptos para floresta.

"O problema não é só da indústria, mas vai acabar por afligir toda uma cadeira de empresas, desde o produtor florestal até às empresas que fazem os projetos, passando pelos viveiros florestais, empresas que plantam e fazem as preparações de terreno ou as da extração de madeira para as fábricas", disse.

O presidente da ANEFA explicou que o setor só não "colapsou" porque está a ser mantido por plantações feitas pelos "pais e avós" dos atuais proprietários florestais.

Pedro Serra Ramos referiu que a falta de medidas florestais no Plano de Desenvolvimento Rural e de fundos comunitários têm afastado os investidores florestais de um setor em que o rendimento poderá ser apenas obtido dez anos depois de terem plantado algumas espécies arbóreas.

"O fundo de tesouraria podia vir dos fundos comunitários ou do fundo florestal permanente, mas este fundo nunca gastou um euro a plantar uma árvore ou a limpá-la, [gastou] apenas nas faixas contra a propagação de combustíveis", defendeu.

A ANEFA promoveu hoje em Torres Vedras um ciclo de conferências para debater com os seus associados os desafios para o futuro do setor.

Durante as conferências, ficou patente a necessidade de os trabalhadores cumprirem regras de segurança que contribuam para reduzir o elevado número de acidentes de trabalho.

O Programa Operacional de Sanidade Florestal, em vigor desde abrir, é bem visto pelo setor, de modo a prevenir, monitorizar doenças, como as da lagarta dos pinheiros ou o nemátodo da madeira dos pinheiros.

De acordo com a associação, o setor empresa 400 mil trabalhadores, distribuídos por duas mil empresas, e possui uma balança comercial positiva em cerca de 2,5 mil milhões de euros.

A OPINIÃO DO BLOG
É aí que entra o Brasil com o seu imenso território. Acostumado a desmatar e a exportar, principalmente, de modo clandestino, espécies raríssimas e que levam muito tempo para atingirem o ápice e são complicadíssimas de serem replantadas com objetivo comercial,  o brasileiro ainda não despertou para a cultura das árvores de rápido ciclo de crescimento e renovação. Enquanto o mundo e o próprio país necessitam cada vez mais de madeira, persiste no produtor rural ou em quem possa investir no ramo, uma resistência incompreensível, desperdiçando terras ao insistir em velhos conceitos arcaicos de agricultura e não acreditando no novo. Quem acreditar, vai se dar bem. Enquanto houver tempo...


                                                                        Exemplo de plantio de eucalipto bem sucedido








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