A MATANÇA DOS GATOS
Adorados pelos faraós e por todo os egípcios, protegidos por leis especiais naquele tempo, os gatos eram guardiões fiéis das grandes plantações e das colheitas, atacadas por roedores. Em várias civilizações, depois de domesticados pelos homens com este fim, foram os principais exterminadores de ratos. O jogo virou durante a Idade Média, a Idade das Trevas, quando passaram a ser perseguidos por supersticiosos e fanáticos religiosos: eram considerados filhos do Diabo.
O extermínio em massa dos felinos, propiciou o crescimento desproporcional do velho inimigo e com eles, em parte pelo menor número de gatos, a Peste Negra, ( Peste Bubônica), matando milhares de humanos. Embora cresçam pelo mundo como animais domésticos afáveis e úteis, não são tão populares quanto os cães, o que explica continuarem sendo perseguidos e injustiçados.
Essa semana, em Campos dos Goytacazes, uma gata e cinco filhotes morreram de modo súbito, levantando suspeitas de terem sido envenenados. Os moradores de um dos edifícios mais antigos do Centro, estão divididos. Uns, acham que foi realmente veneno, outros, preferem o silêncio. A gata, sem dono, teve os filhotes sobre a casa-das-máquinas do elevador e durante 5 semanas, estes foram a alegria de alguns e o incômodo, sem sentido formal, de outros. Hoje, tristeza de uma das moradoras, em cuja porta, apareceram a gata e um dos filhotes em estertores finais. Ela tentou salvá-los, mas, não houve tempo. Um espetáculo deprimente. Evidentemente, ninguém assume a matança, envolta em mistério como em muitos dos crimes contra humanos. Uns dizem que os bichanos foram mortos na rua com o veneno conhecido como chumbinho,(Rodenticida), outros, que a culpa seria de ratos dedetizados, ( difícil, já que gatos não comem ratos já mortos), nem há conhecimento de dedetização oficial no prédio, feita nos últimos dias. A morte da da gata e seus filhotes, por agressão física ou envenenamento, são tipificadas como maus-tratos dentro do Decreto Lei Nº 24.645, de 10 de julho de 1934, no qual se define o que não pode ser feito contra os animais. Quem envenenou os felinos, usando produto clandestino e portanto proibido, incorreu em mais um crime e "esqueceu-se" do risco causado aos humanos, principalmente crianças. Por enquanto, ficou o mal-cheiro dos corpos em decomposição e o a culpa bem escondida de quem não sujou as mãos, pois sabia estar lidando com veneno potente, mas, certamente, tem agora a consciência manchada. Ou não...
Foto meramente ilustrativa- Saiba mais aqui:
http://www.petmag.com.br/13498/como-fazer-a-denuncia-de-maus-tratos-a-animais/#sthash.pr0aiviY.dpuf
A OPINIÃO DO BLOG
Num país aonde à cada 10 minutos uma pessoa morre assassinada e apenas 90% dos casos são elucidados, a matança indiscriminada de animais também não causa espanto. A Sociedade prefere ficar de olhos fechados, como se assim, se protegesse do mal. A vida relegada ao mais baixo valor de mercado como um produto descartável qualquer.
De novo eu "desenho " o que você diz:
ResponderExcluirConceito atual de seres "humanos" beira ao de seres substituíveis.
Como se ele/ nós fôssemos só a matéria, só o que perece, só o que é palpável.
E então, a máquina vem e me diz: "PROVE QUE VOCÊ NÃO É UM ROBÔ."
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